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Rio Madeira atinge o nível de rua no Cai N’água

O nível do Rio Madeira chegou a 15,62 na tarde desta quinta-feira (15) e a água já pode ser vista na zona urbana de Porto Velho, principalmente no Porto do Cai N’água na Rua Rio Machado, onde os caminhões carregam e descarregam mercadorias. A capital está em estado de alerta desde o dia 19 de janeiro quando o rio atingiu a cota de 14,55 metros. Em Abunã o nível é de 21,04 metros.

“Eu estou aqui todos os dias e analisando a enchente que aconteceu em 2014 as águas não vão chegar à proporção que chegou. Quando teve aquela enchente histórica, no mesmo dia 15 as águas já estavam batendo nas canelas dos moradores e hoje não é o que está acontecendo por isso acho que não vai acontecer uma nova enchente da mesma proporção” disse Pedro Andrade de 53 anos, que mora nas proximidades do Rio Madeira.

Com recordações da enchente de 2014, Eligiane Soares, de 32 anos, que mora no Cai N’água há 20 anos e espera que a água não chegue até as residências. “No dia 13 de fevereiro quando aconteceu à enchente de 2014 as águas já estavam entrando nas casas e eu tive que sair às pressas de casa. Hoje pelo que estou avaliando, ela está longe de chegar a invadir as casas que estão perto do rio. Eu estou confiante que não vai ter uma nova cheia em Porto Velho porque pelo que podemos ver a quantidade de água não é nem a metade do que a gente viu em 2014”, disse.

José Antônio, de 52 anos, mora no Bairro Cai N’água há 15 anos e diz ter medo de uma nova enchente. “Apesar das águas não estarem nem na metade que estava em 2014 nessa mesma época eu tenho medo que ela pegue a gente de surpresa. Eu fico em alerta todo o tempo e se continuar subindo e que ver que vai invadir as casas eu vou ter que sair”, disse.

Segundo dados do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) repassados à Defesa Civil, a previsão é que o rio pode chegar à cota de 17,10 metros, no máximo, descartando a possibilidade de uma cheia com a que ocorreu em 2014. No dia 25 de janeiro, a Defesa Civil do município apresentou o plano de contingência 2018 para a cidade em caso de enchente.

O plano de contingência, segundo o diretor da Defesa Civil, Marcelo Santos, contempla um conjunto de ações que envolvem todas as secretarias do município e do estado, além de outras organizações, com o objetivo de preparar o município contra uma nova inundação ou mesmo prestar socorro às famílias conforme houver necessidade.

Ainda conforme a Defesa Civil, o plano já está sendo colocado em ação muito antes do anúncio da cota de alerta, 14 metros, com sinalização de locais vulneráveis a desbarrancamento e monitoramento de famílias em área de risco. Os dados do Sipam também foram adicionados ao plano.

FONTE: RONDONIAGORA

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