Inconsistências nas prestações de contas, concentração de recursos em pagamento de pessoal, gestão, viagens e treinamento e de 40% a 60%, em média, nos gastos dos contratos com mão de obra, e a maior parte dos projetos contratada sem licitação.
“Há um percentual grande, de 82%, de contratações de balcão, que são aquelas não licitadas”.
Foram basicamente esses os indícios de irregularidades apontados pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, nesta sexta, dia 17, sobre o pente-fino (auditoria) nos contratos de organizações não governamentais (ONG) e públicas ambientais com o Fundo Amazônia.
Até agora, segundo o ministro, foram analisados 25% dos 103 projetos em vigor. “Há exemplos que merecem análise mais aprofundada dos órgãos de controle”, afirmou.
Segundo o ministro, à medida que os projetos são analisados vão sendo enviados ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), que é o responsável pela execução dos contratos. Ele recomendou que por enquanto não sejam feitos novas contratações com uso de recursos do fundo.
Vão ser remetidos também à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Tribunal de Contas da União (TCU), disse Salles.