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Flamengo empata com Peñarol, mas segue adiante na Libertadores

A incompetência ofensiva do Flamengo e a expulsão de Pará no segundo tempo transformaram em drama a jornada rubro-negra em Montevidéu. Ao menos o placar de 0 a 0 diante do Peñarol foi suficiente para o time de Abel Braga deixar o estádio Campeón del Siglo classificado para as oitavas de final da Libertadores.

O Flamengo deixa a fase de grupos como líder do Grupo D, com 10 pontos. Peñarol e LDU tiveram a mesma pontuação, mas o time uruguaio viu a vaga escapulir por causa do saldo de gols. O adversário rubro-negro na próxima fase será definido pela Conmebol em sorteio no dia 13 de maio. Com baixa pontuação, o Fla terá poucas chances de decidir no Maracanã os confrontos que tiver pela frente se passar às quartas.

A classificação do Flamengo alivia um pouco a pressão sobre o técnico Abel Braga, mas o time ainda precisa dar uma resposta em termos de efetividade no ataque. Em fases mais agudas, a falta de capacidade de definição pode custar caro.

Por dose muito maior de sorte do que juízo, o gol perdido por Vitinho não fez falta. Já eram 48 minutos do segundo tempo quando o atacante ficou cara a cara com o goleiro Dawson e chutou em cima dele.

Mas as falhas de pontaria não se limitaram ao camisa 11. Quando o Flamengo estava completo em campo, foram inúmeras chances criadas e desperdiçadas. Gabigol foi quem mais decepcionou na falta de efetividade.

— Cobramos muito dentro do vestiário. Fizemos um grande primeiro tempo, defendemos bem, mas temos que matar o jogo. No segundo tempo, eles não criaram. Tivemos a chance de matar o jogo e erramos. Sabemos que jogos assim são por detalhes, não podemos errar tanto — analisou o meia Éverton Ribeiro.

A situação do Fla ganhou ares de drama por eventos que aconteceram praticamente de forma simultânea. No Uruguai, Pará levou o segundo amarelo e foi expulso. No Equador, a LDU abriu o placar diante do San José. Àquela altura, qualquer gol do Peñarol tiraria o Flamengo da Libertadores.

Assim como no confronto no Maracanã, o time de Abel Braga se viu com um jogador a menos diante do Peñarol e, dessa forma, perdeu qualquer condição de exercer pressão no adversário.

Bola para o alto

A obrigação dos uruguaios de fazer gol cresceu quando a LDU desembestou a marcar (o jogo em Quito acabou 4 a 0). Embora a torcida estivesse a favor, o Peñarol não mostrou vocação alguma para construir jogadas de perigo, a não ser via cruzamentos desordenados na área. É característica do futebol uruguaio praticar um jogo reativo, de bolas longas. Assim, o Flamengo recuou a ponto de não levar mais contra-ataques. Quando o cenário mudou, viu-se o quão pequeno é o repertório desse time do Peñarol.

Com o Flamengo se esquivando diante das investidas pouco produtivas, o jogo acabou em confusão.

Vitinho levou um carrinho forte, Giovanni González foi expulso, e o árbitro decretou o fim da partida em meio ao empurra-empurra e à chuva de garrafas plásticas atiradas das arquibancadas.

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