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Dragagem no Rio Madeira foi uma farsa denunciou deputado Dermilson Chagas

Após denúncia de que os serviços de dragagem na extensão do rio Madeira foram burlados, o deputado Dermilson Chagas (PEN) fez um pronunciamento na última quarta-feira (19), cobrando explicações sobre o serviço executado no rio. Segundo o parlamentar, o esquema impactou negativamente a economia do estado que conta com o Madeira para escoar produtos. O jornal O Estadão divulgou recentemente que parte do dinheiro que abastecia o caixa do departamento de propina da Odebretch teve origem em servidos prestados no rio que conecta Rondônia ao Amazonas.

“Perdemos empregos, o custo do frete aumentou e muitos trabalhadores tiveram barcos e balsas encalhadas por causa de um trabalho que não foi feito. Quantos alimentos se estragaram durante o percurso e quanto dinheiro foi perdido com o transporte mais caro. E para conseguirem mais dinheiro, eles mentiam dizendo que estavam extraindo argila do fundo do rio”, expôs.
Inicialmente o rio era dragado no intervalo de cinco anos. Após o contrato superfaturado, as dragagens se tornaram anuais mediante ordens de serviços que variavam entre R$ 150 milhões a R$ 200 milhões. Os contratadores alegavam que iriam extrair argila, o que demandaria mais equipamentos e tornaria o serviço mais caro, de acordo com a reportagem.
Dermilson acredita que o Estado sofre porque o pescador amazonense já não tem mais o peixe que vinha com a migração natural do rio Madeira; a corrupção prejudicou o Distrito Industrial que perdeu mais de cerca de 50 mil empregos, pois não tem alternativa de escoação barata sem o Rio Madeira e, por isso, acaba entrando na linha de custo de produção mais elevada do País.
Para o deputado, é preciso explicações. “Houve uma alteração biológica dos rios após um serviço que pensávamos ser legítimo. Há dúvidas se esse trabalho foi dragagem ou drenagem. Fato é que a produção, o transporte e trabalhadores de diferentes segmentos foram impactados. Mais uma vez estamos vendo a corrupção prejudicando de forma geral a população do Estado do Amazonas”, finalizou.

 

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