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Comitiva viaja de Porto Velho a Manaus para verificar condições da 319

A comitiva deixa a cidade de Humaitá na manhã desta terça (16), com previsão de chegar a Manaus na quarta-feira
Emerson Quaresma*

A comitiva, que conta com apoio da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deixa Humaitá na manhã desta terça-feira (16), com previsão de chegar a Manaus na manhã da quarta. | Foto: Janailton Falcão

Humaitá (AM) – A Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado iniciou nesta segunda (15) a terceira diligência na BR-319, rodovia que liga Manaus a Porto Velho (RO). Coordenada pelo senador do Estado de Rondônia Acir Gurgacz, vice-presidente da comissão, a comitiva partiu da capital rondoniense no rumo de Manaus para conferir o atual quadro da rodovia federal durante o período de chuvas e cobrar dos órgãos ambientais a liberação de licença para o asfaltamento do trecho do meio.

A comitiva, que conta com apoio da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deixa Humaitá na manhã desta terça-feira (16), com previsão de chegar a Manaus na manhã da quarta. Antes, vai percorrer os trechos mais críticos.
Senador do Estado de Rondônia Acir Gurgacz.
Senador do Estado de Rondônia Acir Gurgacz. | Foto: Janailton Falcão

Atualmente,a BR-319 conta com asfalto apenas no trecho entre Manaus e o município de Careiro Castanho e nas proximidades de Humaitá até Porto Velho. O trecho do meio, formado por mais de 400 km, é o mais crítico e hoje recebe apenas obras de correção e manutenção por empresas contratadas pelo Departamento Nacional de Transporte (Dnit).

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Acir Gurgacz lembra que na primeira diligência do Senado sobre a BR-319, a estrada estava intrafegável. Segundo ele, em 2013 se conseguiu abrir o tráfego no trecho do meio, mas, já na segunda diligência do Senado, as máquinas estavam paradas na BR por força de embargos do Ibama.

“Na época conseguimos fazer um encontro entre Ibama, ICMBio, Funai e Dnit, o que resultou num acordo de liberação da manutenção. Agora nós queremos o asfaltamento dessa BR que já foi um dia asfaltada”, disse o senador rondoniense.

Segundo ele, o principal objetivo da expedição sobre a rodovia é mostrar ao país como vivem os moradores dos trechos da BR mais prejudicados nessa época de inverno amazônico, quando o volume de chuvas torna a trafegabilidade mais difícil. “Queremos mostrar também que não há nenhum impacto ambiental, tanto na reabertura, quanto na manutenção, e não terá também no novo asfaltamento da BR-319”, comentou Acir Gurgacz.

Para acompanhar a diligência, o vice-presidente da comissão do Senado disse que foram convidadas instituições como ICMbio, Funai, Ibama, Foram, Exército Brasileiro e o Dnit. “Queremos mostrar que não está havendo nenhum impacto ambiental negativo na reabertura da BR-319 e, com certeza, com o asfaltamento também não. Pelo contrário. Com asfalto na pista teremos a possibilidade de termos os fiscais, tanto do Ibama, do ICMBio, quanto da Polícia Rodoviária Federal para acompanhar e combater qualquer ilegalidade que possa acontecer às margens da BR-319. É de fundamental importância a interligação de Rondônia, com Amazonas e Roraima”, observou.

Pontos positivos

Alem da integração das famílias de Porto Velho com as de Manaus, o senador apontou como principal objetivo de recuperação da rodovia encurtar o tempo do transporte para Manaus os alimentos produzidos em Rondônia.

“Esperamos que os produtos horti-fruti granjeiros, que são produzidos em Porto Velho e nas cidades vizinhas, possam anoitecer aqui em Porto Velho, e amanhecer já nas gôndolas dos supermercados e mercearias de Manaus. Isso vai diminuir o custo de vida de Manaus e vai trazer uma renda extra aos nossos agricultores de Rondônia”, apontou o senador.

Além do transporte rodoviário, Acir observou que a reabertura da BR-319 fortalecerá o turismo da região. “O mundo quer conhecer a Amazônia. A Amazônia é famosa no mundo inteiro. Eu acredito que o turismo vai ser uma outra forma econômica, tanto para Manaus, quanto para Porto Velho. Hoje só falta essa ligação para interligarmos todas as capitais brasileiras por estrada, com exceção de Macapá que não tem ligação por terra. Eu entendo que é uma questão de cidadania para o povo”, concluiu.

*jornalista foi enviado ao município.

Edição: Luis Henrique Oliveira

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